Não simpatizo com Marina Silva, jamais votaria nela ou a apoiaria para presidenta da República.
Mas sempre detestei o jogo sujo na política, então me deixaram enojado as fortíssimas pressões de bastidores para que sua Rede fosse impugnada, com o claríssimo objetivo de inviabilizar um projeto que atrapalhava os planos petistas.
Sou revolucionário, portanto me identifico com Marx, Proudhon, Lênin, Trotsky, Rosa Luxemburgo, Gramsci, Guevara e que tais; Maquiavel sempre foi outro departamento.
E o pior é que os aprendizes de feiticeiro do Planalto acabaram fabricando um monstro: teria sido muito mais fácil enfrentar Eduardo Campos e Marina separadamente do que unidos.
Agora, com um ano de antecedência, as candidaturas viáveis já estão reduzidas a três, tornando inevitável o segundo turno. E eu não tenho dúvidas de que será o PSB, e não o PSDB, o grande adversário do PT.
Não dá para descartarmos nem mesmo a possibilidade de que a mudança do quadro obrigue os petistas a tirarem o seu maior craque do banco de reservas.
Faz muito tempo que eu não vejo um tiro pela culatra produzir tamanho estrago. Bem feito!
Minha homenagem aos Drs. Frankenstein do PT
Discordo, primeiro porque a incompetencia da Rede em validar as assinaturas, atributo do partido e não do cartório, não foi culpa do PT, além do que o partido foi superdemocratico em respeitar o posiconamento da Marina que é uma petista antes de mais nada. Acho que o jogo ficou melhor para a Dilma com a decisão porque esse desgaste todo complicou ainda mais a visão do eleitor sobre a candidata Marina, quem se ferrou nesse caso foram os tucanos.
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Anônimo,
torcedor acha que seu time jogou melhor mesmo quando leva um baile e perde de goleada. Como a política convencional não me encanta (só a revolucionária mexe com minhas emoções) , eu a analiso com a frieza do jornalista profissional que fui durante 33 anos. E, por isto, quase sempre acerto em minhas previsões.
Eu tive a certeza de que o jogo (a impugnação da Rede) fora de cartas marcadas antes mesmo de colegas na ativa (com acesso a fontes que para mim são inalcançáveis) manifestarem sua estranheza com o comportamento da Justiça Eleitoral e alertarem, p. ex., que houve sabotagem no ABC.
Conhecendo o meio, tendo um mínimo de perspicácia e não sendo obnubilado por paixões, é difícil errarmos.
Quanto a quem se ferrou, está na cara que foi o PT. A Marina conseguirá se vender ao eleitorado como vítima de abuso de poder (com toda razão, aliás!!!) e formará uma dobradinha muito forte com o Eduardo Campos.
Com três candidaturas destacadas, será quase impossível a Dilma levar no 1º turno.
E, no 2º, com os tucanos apoiando a chapa do PSB porque não poderão fazer outra coisa, o favoritismo muda de lado.
O que pode, novamente, alterar o rumo da campanha é:
1) Campos ceder a posição de cabeça de chapa para a Marina, que tem muito mais intenções de voto do que ele;
2) O PT trocar a Dilma pelo Lula, se perceber que está seriamente ameaçado de perder o poder.
Quem viver, verá.
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