Fernando Haddad
DESCONSTRUÇÃO DE MARINA OU DESCONSTRUÇÃO DA ESPERANÇA NA POLÍTICA?
Afinal, a Dilma se referiu a este Collor… |
…ou a este aqui? |
ENFIM, UM FINAL FELIZ!!!
“A duas horas da primeira sessão programada para a reabertura do Cine Belas Artes, marcada para 17h, a fila já dobrava o quarteirão e chegava à rua Bela Cintra.
O cinema de rua, próximo à av. Paulista, que fechou às portas em 2011, foi reaberto neste sábado (19) com show da banda Mustache e os Apaches, quatro pré-estreias e exibição de filmes clássicos“.
Para que os companheiros de outros Estados entendam melhor do que se trata, eis o post que publiquei quando esta luta terminou em vitória.
Depois de uma luta de três anos, o movimento de apoiadores do Belas Artes conquistou uma grande vitória: o cinema será reaberto, com apoio da Caixa Econômica Federal, até o próximo mês de maio.
Localizado na valorizadíssima esquina da rua Consolação com a avenida Paulista, o espaço era muito cobiçado pelos servos da grana que “destrói coisas belas”, como bem definiu o Caetano Veloso.
Para evitar mais esta destruição, os defensores das coisas belas recorreram à abertura de processos de tombamento (conseguindo que a fechada, pelo menos, fosse tombada pelo patrimônio histórico estadual) e de uma CPI na Câmara Municipal, a audiências na Assembleia Legislativa e a propostas para o Plano Diretor Estratégico da cidade, além dos costumeiros abaixo-assinados
Com a posse de Fernando Haddad como prefeito de São Paulo em 2013, tudo ficou mais fácil. Os detalhes da devolução do cinema à cidade serão anunciados no próximo sábado (25), aniversário de São Paulo.
Espremido e jogado fora: o fim do patrocínio de um banco quase matou o Belas Artes. |
Cada vez que passo pelo prédio que abrigou o cine Aliança das minhas matinês longínquas, sinto um aperto no coração. Ninguém lutou por ele na Mooca. Os frequentadores não eram intelectuais, mas sim pessoas comuns da baixa classe média. Seus sonhos e sua nostalgia não mereciam respeito?
Houve uma confusão com o cinema ao lado, que era Astúrias entre 1931 e 1943, passando então a chamar-se Ritz, enquanto o cine Trianon, verdadeiro antecessor do Belas Artes, só seria aberto em 1956.
A Sociedade Amigos da Cinemateca, constituída em 1962, inicialmente exibia suas pérolas cinematográficas numa pequena sala da rua Aurora, constrangedoramente próxima de uma zona de meretrício. Lembro-me de nela ter assistido, p. ex., a O Homem do Prego (1964, d. Sidney Lumet).
Prestes a ser inaugurado, em 1967. |
Surgiu uma oportunidade de se transferir para um local mais apropriado e a SAC não bobeou, assumindo o espaço do ex-Trianon e nele instalando o Belas Artes, que logo se tornou o principal cinema de arte de Sampa, eclipsando o Bijou, o Marachá Augusta, o Cosmos 70, etc.
A atração inaugural, em julho/1967, foi Os russos estão chegando! Os russos estão chegando! (1966, d. Norman Jewison).
Mostra jovens que se isolam durante algum tempo para aprofundarem sua opção revolucionária, entre leituras, discussões, relacionamentos pessoais/amorosos e esboços de uma existência mais livre. Termina com o fim do aprendizado, quando cada um, aclaradas suas dúvidas, direciona-se para a forma de vida e de atuação que lhe é mais afim.
MALUF DIZ QUE ALIANÇA ENTRE O PT E O PP TEM A BENÇÃO DIVINA
MAIS UM CANDIDATO DO PT PAPARICA O MALUF. É PRA RIR OU PRA CHORAR?
“Alô, doutor Paulo? Aqui é o Padilha. Sabe onde eu estou?”
Eram quase 13h30 desta quinta-feira (24) quando o pré-candidato do PT ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha, tirou o celular do bolso e telefonou para o deputado federal Paulo Maluf (SP), presidente estadual do PP paulista…
Padilha informou ao deputado que estava a bordo de um barco na eclusa de Barra Bonita, que (…) foi construída sob o comando do deputado em 1973, quando era secretário de Transportes do Estado.
“Perguntei por aqui quem tinha feito a obra da eclusa e todo mundo acertou de cara. E está tudo ótimo, viu? Estou muito animado”, disse o petista ao telefone.
A corte foi feita a Maluf em momento estratégico. O PT começa a fechar o apoio dos partidos que irão compor a chapa de Padilha na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes.
Afinal, apesar da repercussão pra lá de negativa daquelas imagens vergonhosas, o Fernando Haddad acabou sendo eleito prefeito de São Paulo em 2012, atestando que a imoralidade e o oportunismo político podem triunfar sobre a virtude.
O Padilha poderá até sentir-se mais à vontade no papel do que o Haddad, cujo constrangimento era visível. Afinal, segundo o noticiário, ele parece manter ótimas relações com outros criminosos do colarinho branco.
O CINE BELAS ARTES FOI SALVO. PENA QUE TANTOS OUTROS MORRERAM!
Depois de uma luta de três anos, o movimento de apoiadores do Belas Artes conquistou uma grande vitória: o cinema será reaberto, com apoio da Caixa Econômica Federal, até o próximo mês de maio.
Localizado na valorizadíssima esquina da rua Consolação com a avenida Paulista, o espaço era muito cobiçado pelos servos da grana que “destrói coisas belas”, como bem definiu o Caetano Veloso.
Para evitar mais esta destruição, os defensores das coisas belas recorreram à abertura de processos de tombamento (conseguindo que a fechada, pelo menos, fosse tombada pelo patrimônio histórico estadual) e de uma CPI na Câmara Municipal, a audiências na Assembleia Legislativa e a propostas para o Plano Diretor Estratégico da cidade, além dos costumeiros abaixo-assinados
Com a posse de Fernando Haddad como prefeito de São Paulo em 2013, tudo ficou mais fácil. Os detalhes da devolução do cinema à cidade serão anunciados no próximo sábado (25), aniversário de São Paulo.
Espremido e jogado fora: o fim do patrocínio de um banco quase matou o Belas Artes. |
Cada vez que passo pelo prédio que abrigou o cine Aliança das minhas matinês longínquas, sinto um aperto no coração. Ninguém lutou por ele na Mooca. Os frequentadores não eram intelectuais, mas sim pessoas comuns da baixa classe média. Seus sonhos e sua nostalgia não mereciam respeito?
Houve uma confusão com o cinema ao lado, que era Astúrias entre 1931 e 1943, passando então a chamar-se Ritz, enquanto o cine Trianon, verdadeiro antecessor do Belas Artes, só seria aberto em 1956.
A Sociedade Amigos da Cinemateca, constituída em 1962, inicialmente exibia suas pérolas cinematográficas numa pequena sala da rua Aurora, constrangedoramente próxima de uma zona de meretrício. Lembro-me de nela ter assistido, p. ex., a O Homem do Prego (1964, d. Sidney Lumet).
Prestes a ser inaugurado, em 1967. |
Surgiu uma oportunidade de se transferir para um local mais apropriado e a SAC não bobeou, assumindo o espaço do ex-Trianon e nele instalando o Belas Artes, que logo se tornou o principal cinema de arte de Sampa, eclipsando o Bijou, o Marachá Augusta, o Cosmos 70, etc.
A atração inaugural, em julho/1967, foi Os russos estão chegando! Os russos estão chegando! (1966, d. Norman Jewison).
Mostra jovens que se isolam durante algum tempo para aprofundarem sua opção revolucionária, entre leituras, discussões, relacionamentos pessoais/amorosos e esboços de uma existência mais livre. Termina com o fim do aprendizado, quando cada um, aclaradas suas dúvidas, direciona-se para a forma de vida e de atuação que lhe é mais afim.
VEJA A DUPLA ALCKMIN-HADDAD E OPINE: "AMORAIS DO SAMBA" É UM BOM NOME?
O que vem após as mãozinhas dadas? O noivado? |
Depois de perdida a virgindade, liberou geral… |
Enquanto isto, os pais da criança estavam na Europa distante, cantando para os franceses uma canção alusiva… ao transporte coletivo. Parece piada de mau gosto.
Na volta, como diria o velho boêmio, a imagem dos dois tinha ficado igual a “tábua de tiro ao álvaro/ não tem mais onde furar”…
…E AS PEDRAS VOLTARAM A ROLAR!
A desinformação campeia –talvez porque os principais veículos de comunicação escrita e eletrônica abdicaram da nobre tarefa de informar os cidadãos, trocada pela de os manipular em tempo integral, tangendo-os para o consumismo, o conformismo, o conservadorismo e o reacionarismo.
ABSTENÇÃO, NULOS E BRANCOS DISPARAM EM SAMPA
- a chegada de José Serra no 2º turno;
- sua derrota final.
Mais: os eleitores ansiavam pelo novo.
Muito se falará sobre o talento que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem para eleger postes, mas a sorte desempenhou papel importante.
O espaço da novidade foi imediatamente ocupado por Celso Russomanno, beneficiando-se do prestígio televisivo e do apoio da Igreja Universal.
Sua arrancada fulminante impediu que um novo mais consistente (e menos identificado com a velha podridão) se afirmasse.
Nas duas semanas que antecederam o 1º turno, a propaganda do PT desconstruiu Russomanno, explorando episódios do seu passado e plantando na cabeça do eleitor a idéia de que ele iria encarecer o transporte coletivo. Não era bem isto, mas só candidato tolo faz propostas complicadas, que podem ser voltadas contra si, tendo pouco tempo no horário eleitoral para as explicar.
O esvaziamento do balão Russomanno, em cima da hora, não deu aos eleitores oportunidade para se direcionarem a outro novo. O caminho ficou aberto para o triunfo de Fernando Haddad.
A esquerda consequente fez campanha pelo voto nulo no 2º turno e tem um resultado apreciável para exibir: 500.578 votos (7,26%).
Somados aos votos em branco (299.224, 4,34%) e à abstenção (1.722.880, 19,99%), são quase três eleitores em cada dez (29,2%) que não viram motivos para votar nem em Haddad (3.387.720, 39,3%), nem em Serra (2.708.768, 31,4%).
E que predominam exatamente porque o jogo é de cartas marcadas: os maiores partidos usam e abusam do poder econômico, além de praticamente monopolizarem o horário gratuíto.
De quebra, dão um jeito de fazer com que sejam cancelados os debates televisivos QUANDO TEMEM UMA ALTERAÇÃO DO QUADRO ELEITORAL. Foi o que a TV Record fez nos dois turnos e a Globo no 1º turno.
Ou seja, o sistema aprendeu como evitar que uma nova Luíza Erundina conquiste um governo importante, o que é fundamental para o deslanche de um pequeno partido.
Se já tivesse tal expertise em 1988, o PT levaria muito mais tempo para crescer e talvez não estivesse hoje, paradoxalmente, em condições de barrar os herdeiros dos seus ideais de outrora, como acaba de fazer na cidade do Rio de Janeiro, onde sua opção política foi, simplesmente, IMORAL.